Dominada Pelo Cowboy - Capítulo 3
Atualizado: 16 de ago.
Livro 1 da série Amores Ideais
Conteúdo adulto. Registro Copyright em 172 países - maio de 2023 | Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro - maio de 2023 | Autora Larissa Braz.
Representantes jurídicos advertem: Plágio é crime! A violação dos direitos autorais é CRIME previsto no artigo 184 do Código Penal 3, com punição que vai desde o pagamento de multa até a reclusão de quatro anos, dependendo da extensão e da forma como o direito do autor foi violado.
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Olivia
Quando o calor do seu corpo se foi, continuei grudada a lataria. Sentia as pernas fracas e as minhas estranhas vibrarem quentes. Por Deus! O que foi aquilo? O que é esse homem? Em um impulso, abri rapidamente a porta do carro e entrei. Não liguei o motor imediatamente. Não sabia se conseguiria dirigir naquele segundo. Se não fosse a sua arrogância, talvez eu tivesse tirado a roupa para ele ali mesmo. Ou, será que a vontade súbita de me despir era devido a sua arrogância? Isso é problemático? Não tenho certeza, mas acho que sim.
A caminhonete dele passou pela minha, indo embora. Coloquei a chave na ignição e liguei o motor, seguindo de volta para o estacionamento de trailers. Ao entrar naquilo que eu tinha há alguns anos como a minha casa, sentei-me na cama e retirei as botas. O meu corpo se pendeu para trás, acomodando-se no amontoado de travesseiros e almofadas. A minha mão direita tocou a minha barriga onde a sua havia estado minutos atrás. Era como se a minha pele ainda conseguisse sentir o seu toque. A mão dele era tão grande que cobria quase todo o meu abdômen.
Fechando os olhos, me permiti tocar o meu mamilo, fazendo o mesmo movimento que ele. Senti todo o corpo se arrepiar outra vez. Encarando o teto, percebi como eu estava excitada. Muito excitada. Com a outra mão, desabotoei a saia jeans e desci o seu zíper. Em seguida, adentrei com os dedos na calcinha, indo em busca do meu ponto sensível. Toquei-me cuidadosamente, como imaginei que ele faria. As lembranças da pressão da sua ereção na minha bunda me deu vontade de ser penetrada. Com dois dedos, desci pelo vale molhado até a entrada que piscava em busca de alívio.
Com as pernas abertas e joelhos flexionados, masturbei-me entre gemidos altos, pensando no homem que a pouco estava me tirando o raciocínio. Gozei enfurecida, desejosa e louca para poder sentir mais. Eu agora queria poder sentar em alguém e sentir o seu o corpo suar junto ao meu. Mas não em Jayden. Ao mesmo tempo que ele me excitava, me impôs certo medo. Não sabia a que exatamente temia, mas todos os meus sentidos de alerta falavam para eu me manter longe.

Tate me ajudou a fechar o macacão de cor terracota, justo ao corpo e cheio de franjas nas costuras laterais. Na cintura, um cinto brilhante. Nos pés, botas de mesma cor que a roupa com lindos bordados com fios dourados. Fiz ondas no cabelo e uma maquiagem cintilante. Coloquei um chapéu branco na cabeça e me olhei uma última vez no espelho.
— Está linda — disse Tate.
— Quer casar comigo, Tate?
Ele riu.
— Se você deixar a barba crescer e tiver um pau entre as pernas, a gente casa.
Foi a minha vez de rir.
Conheci Tate quando tinha apenas dezenove anos. Tentava terminar os estudos de manhã e trabalhava em uma bar a noite, em Montgomery. Ele cantava lá, às vezes. Voz e violão. Uma noite, ele me viu cantar I Walk The Line. Estava distraída, limpando as mesas antes de abrirmos. Ele quase me matou de susto quando bateu palmas para mim ao final da canção. Tate disse que eu tinha uma voz linda e que em alguma noite devia cantar com ele. É claro, de primeira, recusei. Mas ele começou a ir me ver no bar, me convidar para sair, até que uma noite, cantei para um público de mais ou menos cinquenta pessoas. Era como se o meu peito abrisse e um ramo de rosas saísse de dentro de mim. Foi a coisa mais linda que já fiz. O momento mais livre que já vivi. Então, desde aqueles três minutos e meio sobre o pequeno palco no Alabama, Tate e eu nos tornamos inseparáveis. Ele era tudo o que tinha de mais próximo a uma família. Era o meu único e melhor amigo. E mesmo após nove anos, alguns desentendimentos musicais, ele ainda estava ali, sempre me incentivando.
— Está na hora, pessoal — avisou Merle.
Entre todos nós, ele era o único que não parecia com uma figura country, exceto pelo chapéu preto e gasto na cabeça. Sei que Merle gostaria de estar dentro de uma banda de rock ao invés de ser o guitarrista de uma banda caipira. Talvez Clay também gostaria disso, mas ele dizia estar satisfeito tocando bateria para que eu pudesse fazer o meu show.
Subimos no palco e logo começamos a cantar. Não demorou nem duas músicas para que em meio a plateia, eu enxergasse o Jayson. Ele parecia animado e segurava um copo de cerveja. Quando acabamos, ele me esperava aos fundos do palco. Na mão, tinha uma única rosa de cor vermelha. No seu fino caule, um laço de cetim branco.
— Obrigada. — Sorri e coloquei-me na posta dos pés para beijar o seu rosto. Mesmo que as botas tivessem saltos médios, ele era grande como o seu irmão.
— Não tem de que — disse, retirando o chapéu.
As suas bochechas ficaram levemente coradas. Achei isso adorável.
— Que dar uma volta? — chamei-o.
— Pensei em te comprar uma maçã do amor e depois irmos na roda gigante.
Sorri. Jayson se parecia como um dos muitos personagens dos livros de romance que lia na adolescência. Era gentil, galanteador e um tanto romântico. E eu gostava muito disso.
— Aceito.
O seu rosto se preencheu com um enorme sorriso cheio de satisfação. Ele devolveu o chapéu para a cabeça e me deu passagem para a saída. Juntos, lado a lado, seguimos para a festa. Jayson era engraçado e me fazia rir o tempo todo. Ele era apenas um ano mais velho do que eu, e um eterno apaixonado pela vida que um dia sonhava em conquistar nos rodeios. Ele me comprou a maior e mais bonita maçã do amor, e segurou a rosa para que eu pudesse comê-la.
— Espere — pediu ele, antes que eu desse outra mordida.
Apanhou um guardanapo sobre a bancada da barraca e limpou o canto da minha boca. Enquanto fazia isso cautelosamente, os seus olhos se firmaram nos meus. Havia algo neles. Desejo, talvez. Jayson era lindo, acho que um dos homens mais bonitos que pude ver na vida. E eu gostaria muito de beijá-lo. Mas… não sei o que acontecia comigo. Geralmente eu tomaria partido. Apenas fecharia os olhos e beijaria aquela boca rosada de grossos lábios, porém, algo na minha cabeça dizia para não deitar as pálpebras. No fundo, eu sabia que quando fizesse, não seria a sua imagem na minha cabeça, mas sim a do Jayden, porque mesmo após longos quatro dias, eu ainda pensava nele. Recordava vivamente o calor da sua mão, do toque da sua respiração no meu pescoço, do som rouco e grave da sua voz baixinha no meu ouvido.
Jayson afastou a mão e jogou fora o guardanapo. Sorrindo, ele apanhou a minha mão livre.
— Hora de irmos na roda gigante.
Andamos em meio as pessoas até o parque de diversões montado no centro da feira, de mãos dadas e em um silêncio que achei um pouquinho tenso.
— Você fica na fila e eu vou comprar os ingressos.
— Está bem.
Jayson lançou-me uma piscadela e foi até a bilheteria.
— É disso que você gosta? — A voz atrás de mim fez com que os meus olhos de fechassem automaticamente.
Respirando fundo, virei-me para trás, sabendo exatamente quem eu encontraria ali, de pé.
— E do que estamos falando?
— Rosas, doces, passeio pela roda gigante, andar de mãos dadas… — Jayden usou um tom um tanto debochado e eu não gostei nada disso. Senti que estava debochando do irmão e não de mim.
Os meus olhos se reviraram para ele.
— Se gosto de romance? Sim! Isso é melhor do que ser agarrada por trás e jogada contra o próprio carro — falei um tanto impaciente.
— Me pareceu que você gostou daquilo. — Sorriu cheio de si.
Arqueei a sobrancelha e dei um passo na sua direção, empinando o queixo com um olhar autoritário.
— Eu detestei! — Tentei usar de todo o meu poder de convicção.
Jayden riu e caminhou até mim, deixando apenas alguns centímetros entre nós.
— Não teve calcinha molhada?
Os meus olhos se arregalaram espantados para ele. Como Jayden conseguia ter uma boca tão frouxa? Como conseguia com tamanha facilidade falar essas coisas, usar palavras como foder com uma desconhecida e demonstrar com facilidade o seu desejo sexual? Isso me deixava sem palavras. Ele é um homem naturalmente depravado.
— Você é muito indecente!
— Sou honesto. É diferente. Um homem sem filtros, eu diria.
— Devia ser mais como o seu irmão! — disse, voltando a me irritar com ele gradualmente.
— Qual deles? — Riu. — Aquele que vai te enrolar a noite toda sem a coragem para te beijar ou com aquele que abomina qualquer tipo de relacionamentos?
— Tem outro de vocês? — perguntei, curiosa. Havia como existir outro homem tão bonito assim? Deus abençoou essa família.
— Vai querer flertar com ele também?
— Eu não estou flertando com você! — falei brava.
— Ah, você está. E sabe por quê? Fica toda nervosinha quando chego por perto e suas bochechas coram quando falo besteiras demais, e ainda assim você continua falando comigo, quando pode apenas me ignorar. Embora negue, por dentro está louca para saber o que posso lhe oferecer na cama.
— Vai se ferrar!
Dei-o as minhas costas e caminhei para o final da fila que já havia se distanciado. Jayden não veio atrás de mim. Quando olhei por cima do ombro, o vi indo embora.
— Aqui. Dez minutos lá em cima — disse Jayson, balançando os ingressos para mim. — Está tudo bem? — Franziu o cenho.
— Está. — Tentei forçar um sorriso.
Não queria que o nosso clima adorável fosse embora por minha culpa. Ou melhor… por culpa do seu belíssimo irmão.
A nossa vez logo chegou e nós entramos. Quando a trava foi abaixada sobre nós e começamos lentamente a subir, concentrei a minha visão na maçã do amor que segurava firmemente com as duas mãos, a fim de não olhar para baixo. Eu não gostava de altura, mas Jayson não precisava saber. Ele estava sendo um amor naquela noite e eu não queria estragar os seus planos românticos, além disso, era só uns trinta metros de altura, eu podia lidar com isso.
— E então… O que está achando de Helena?
— Gosto daqui. — Olhei para ele. — A cidade tem um tamanho ideal e as pessoas são educadas.
— Moraria aqui?
— Talvez um dia, quando eu me cansar dos palcos.
— Para onde vai depois daqui?
— Os meninos e eu queremos ir para Nashville.
— Tennessee?! — perguntou surpreso.
Assenti.
— Uau! Isso é bem longe de Montana.
— É. Estarei do outro lado do país. Mas a gente concordou que seria bom pra tentar algo maior com a banda.
— Quem são os caras?
— Tate é violonista. É meu melhor amigo. Já estamos juntos na música há muito tempo. Clay é o baterista, e Merle, o guitarrista. Também violinista, às vezes.
— Bom, eu espero que vocês encontrem o sucesso em Nashville.
— Também esperamos muito por isso.
Jayson levantou a mão e, delicadamente, com os dedos retirou a mecha de cabelo que o vento soprava no meu rosto. Ele a colocou atrás da orelha e com o polegar acariciou a minha bochecha.
— Estou um pouco receoso.
— Com o quê?
— Você é tipo de garota boa demais para ser real.
— Mas sou real.
— Eu sei. E isso me assusta um pouco.
— Por quê? — Estava um tanto confusa.
— Acho que depois que eu te beijar, tenho grandes chances de me apaixonar. E em pouco mais de dois meses, você vai embora. Estará a pelo menos cinco estados de distância.
— Não quer correr o risco de se magoar. Eu entendo.
Ele assentiu, desviando os olhos de mim.
— Estamos bem alto agora — disse, olhando para baixo.
Não sei o porquê, mas fui tola o suficiente para olhar.
— Ai, meu Deus! — sussurrei, fechando os olhos imediatamente.
— O que foi? — perguntou, preocupado.
— Alto demais. Eu não tinha noção do quanto trinta metros é alto.
— O quê? Você tem medo de altura?
— Tenho — confessei, sorrindo.
— Eu não acredito nisso. Olivia! Devia ter me dito! — Jayson começou a rir. — Olhe para mim.
Segurou o meu rosto entre as suas mãos e girou a minha cabeça para ele.
— Pode abrir os olhos.
Lentamente, eu os abri. Jayson não parava de rir.
— Por que estamos aqui se você tem medo de altura? Por que não me disse?
— Você estava sendo romântico. Eu só queria deixar você fazer a noite ser incrível. Desculpe. — Comecei a rir com ele.
— Tudo bem.
Jayson me puxou ao encontro do seu peito e abraçou-me.
— Logo a gente desce.
De repente, o roda parou de girar com a gente no seu topo.
— Meu Deus! — falei alto, assustada, soltando-o e me agarrando a barra de segurança. Jayson gargalhou. — Deu defeito? — perguntei, ficando um tanto desesperada.
— Não. Paramos para poder admirar a vista e outra pessoas entrarem.
— Não quero admirar a vista.
— Então admire os meus olhos.
Olhei para ele e me escorei no banco.
— Posso fazer isso.
Jayson respirou fundo e deixou os ombros caírem com um pouco de derrota. Vagarosamente, o seu rosto veio se aproximando do meu. Algumas borboletas voaram no meu estômago.
— Vai me beijar agora? — perguntei, baixinho.
— Vou.
Ele fechou os olhos e então, a sua boca encontrou a minha. As minhas pálpebras permaneceram abertas. O medo de fechá-las ainda existia. Mas não fui tão resistente quando a sua língua passou por entre os meus lábios, indo em busca da minha. Os meus olhos se fecharam e a minha mão livre tocou a sua nuca. Jayson beijava lento e divinamente bem. O beijo era quente e nem tão úmido. Diria que foi um beijo gostoso. Um braço seu passou pela minha cintura, buscando-me para mais junto dele, enquanto a outra mão segurava cuidadosamente a minha face.
Quando ele se afastou, demorei um pouco para abrir as pálpebras. Aquilo havia sido maravilhoso, mas a sensação de que havia beijado o homem errado, me invadia de maneira súbita e inesperada. Isso foi um pouco aterrorizante. A minha mente estava me confundindo. Logo eu enlouqueceria. Ao mesmo tempo que me mandava ficar longe do Jayden, me dizia que eu havia cometido um erro beijando o Jayson. Acho que o homem depravado estava certo. Embora eu negue, por dentro estava louca para ter mais dele.
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Até breve.
Com amor,
Larissa Braz.