Dominada Pelo Cowboy - Capítulo 17
Atualizado: 25 de out.
Livro 1 da série Amores Ideais
Conteúdo adulto. Registro Copyright em 172 países - maio de 2023 | Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro - maio de 2023 | Autora Larissa Braz.
Representantes jurídicos advertem: Plágio é crime! A violação dos direitos autorais é CRIME previsto no artigo 184 do Código Penal 3, com punição que vai desde o pagamento de multa até a reclusão de quatro anos, dependendo da extensão e da forma como o direito do autor foi violado.
Instrução: Ao tocar no nome das músicas citadas no texto, você será encaminhado para o videoclipe da mesma, no YouTube.
Jayden
Olivia precisava de mim?
Suas palavras ecoaram na minha mente por quase um minuto. Meu coração bateu mais rápido e a mão no seu pescoço foi se afrouxando lentamente. Meus lábios e língua formigaram com vontade de beijá-la. Com cuidado, nossas bocas se encontraram em um beijo que logo se tornou voraz.
Abracei-a e retirei-a da mesa, levando para a cama, onde a deitei com cuidado. Abaixei a calça junto a cueca, expondo o meu membro que latejava doloroso e úmido. Terminei de me despir às pressas e ajoelhei-me sobre o colchão. Apanhei as suas pernas apoiando os tornozelos em meus ombros. Naturalmente as suas mãos se ergueram agarrando o travesseiro onde descansava a sua cabeça.
Boa garota, pensei.
Beijei a parte interna do seu tornozelo e deixei uma leve mordida. Olivia riu, baixinho, sentindo cócegas. Eu gostei de ver isso. Sem pressa, invadi a sua boceta com meu pau. Senti algo muito prazeroso vibrar dentro do meu peito. Fechando as minhas mãos nas suas coxas, comecei a investir contra ela.
A cada movimento, eu a penetrava com mais velocidade e força. Olivia mantinha os seus olhos grudados nos meus com um olhar sedutor e cheio de tesão. Os seios balançavam para cima e para baixo com os movimentos intensos do seu corpo, enquanto era fodida por mim.
Curvei-me um pouco mais adiante, erguendo o seu quadril da cama. Segurei-o com firmeza, intensificando as estocadas. Ela gemeu mais alto, fechando as pálpebras. Os tornozelos se cruzaram na minha nuca. As mãos agarraram-se nos lençóis, quase os rasgando.
Olivia estremeceu o corpo inteiro. Quase sem ar, ela chamou por mim. Minhas bolas contraíram de maneira dolorosa. Retirei suas pernas dos meus ombros e deite-me sobre ela, tomando a sua boca com um beijo grosseiro. Mordi com certa força o seu lábio inferior e abracei-a pela cintura, puxando-a para mim ao mesmo que me sentava na cama. As suas unhas cravaram-se nas minhas costas, causando dor e ardência.
Eu havia parado de me mover, mas ela assumiu imediatamente o controle dos movimentos. Minhas mãos agarraram as suas nádegas, ajudando-a no vai em vem. Olho no olho, gozamos enfurecidos, ofegantes e gemendo em meio a palavrões que saiam da minha boca sem controle.
Os meus braços a envolveram, apertando-a contra mim. Os nossos peitos arfavam alto em busca de ar, esse era o único som presente. Da nossa pele, emanava um calor intenso e viciante. Meus lábios foram até o seu pescoço, tocando-o com delicadeza. Pude sentir o seu coração através da veia que pulsava forte e rápido.
Quando nossos olhos se encontraram outra vez, os seus brilhavam como nunca tinha visto antes. Olivia tocou a ponta do meu nariz com o seu, e esfregou-o suavemente como um gesto de carinho. Então a sua boca encontrou a minha selando-a demoradamente.
Um suspiro intenso deixou os meus pulmões, murchando os meus ombros. Um sentindo pesado me preencheu de modo que me fez sentir tristeza. Há muito tempo eu não sentia tal coisa.
— Tenho que ir.
Olivia assentiu e levantou-se do meu colo, saindo da cama. Olhei-a sobre o ombro, e a vi apanhar o roupão de banho pendurado na porta do banheiro. Ela o vestiu a caminho para a cozinha que ficava seis passos adiante. Abriu a pequena geladeira abaixo na bancada e pegou duas garrafas de água. Entregou-me uma e abriu a outra, bebendo-a quase toda em grandes goles. Eu fiz o mesmo, aliviando a sede que colava a garganta.
Enquanto me vestia, ela recolhia as suas roupas no chão. Quando terminei de arrumar, Olivia pegou o meu chapéu e veio até mim, entregando-o. Eu parei por um instante, observando a sua aparência pós-orgasmo. Era perfeita! Uma imagem carnal e doce ao mesmo tempo.
— Venha me ver essa noite.
— Às oito?
Assenti.
— Tenho planos ótimos para com você.
Coloquei o chapéu na cabeça.
Olivia sorriu e deu um passo para o lado, dando-me passagem. Caminhei até a porta e olhei-a uma última vez antes de deixar o trailer.
— Ora, ora. Vejam se não é o meu irmão — A voz de Jannet reverberou logo atrás de mim.
Meu corpo tensionou imediatamente. Os meus calcanhares giraram-se para ela, que tinha um sorriso maléfico no rosto.
— O que está fazendo aqui?
Dei dois passos na sua direção.
— Vim falar com a cantora.
— O que você quer com ela? — perguntei rudemente.
— Relaxa, não vim expor você. Quero contratá-la para tocar na festa de aniversário do nosso pai.
Estreitei os meus olhos.
— Contrate outro cantor!
— Não. Será ela. Já está decidido.
— Quais são as suas intenções com isso?
— A coitadinha vive de shows e mora em um trailer velho. Todo dinheiro que entrar, deve ser bem-vindo. — Forçou um sorriso.
— Como se você importasse com isso. Seja lá o que estiver pensando em fazer, cuidado! — Fui intimidador.
— A única coisa que estou pensando, é em garantir boa música para a festa do nosso pai.
Ela piscou para mim, e virou-se indo em direção ao trailer. Respirando fundo, engolindo o estresse que Jannet me causava apenas com a sua presença e caminhei para a caminhonete.

Olivia
Ouvi uma batida na porta e imaginei que fosse ele. Com um sorriso bobo, abri-a. Mas qual não foi a minha surpresa ao ver a sua irmã.
— Acho que não era eu que você queria ver — Riu.
— Não. — Fui sincera.
— Você não ouviu nada do meu conselho, não é?
— Aquele que não pedi?
Riu novamente.
— Ácida! Acho que até gosto de você.
— Desculpe. Não sei o seu nome.
— Jannet.
Estendeu-me a sua mão. Eu a apertei com certa força, rapidamente.
— Belo aperto de mão.
— O que te trouxe aqui, Jannet? Acho que não veio à procura do seu irmão.
— Não mesmo. A minha inesperada visita tem um bom motivo.
— Espere um pouco, eu vou me trocar.
— Não se incomode, pretendo ser rápida. Daqui a duas semanas é o aniversário do meu pai. Sei que está em cima da hora, mas gostaria de contratar você para cantar na festa. Será no sábado, durante a tarde. O local é um que você já conhece bem. — Piscou e sorriu para mim. — Rancho Bennett.
Cantar na festa do governador? Eu teria que passar horas no palco observando Jayden e talvez sendo ignorada por ele. Afinal, embora não fosse exatamente assim, éramos um segredo. Em primeiro momento, seu convite não estava sendo atrativo.
— Preciso da melhor para essa festa. — Ela mudou o tom para suave e um pouco melancólico.
— Garanto que nunca me ouviu cantar.
— Jayson me jurou que você é a voz mais linda que os ouvidos dele teve o prazer de apreciar. Ele não é romântico? — Sorriu.
Respirei fundo.
— Nosso cachê é de cinco mil dólares.
Não era verdade, mas ela parecia estar determinada a me convencer a aceitar, e também podia pagar por esse valor.
— Está bem.
Encarei-a com olhos semicerrados.
— E vamos cantar somente por duas horas.
— Perfeito! — falou com empolgação.
Olhei-a com um pouco de estranheza.
— Mandarei o cheque até o fim da semana.
— Ótimo!
— Até mais, Olivia Daves.
Mergulhando o salto na poeira solta, ela partiu. Eu não tinha certeza de qual seria a opinião do Jayden ao saber que eu estaria presente na festa do seu pai, mas esperava que houvesse compreensão.
Depois de um banho, me encontrei com a banda para dar a notícia e falarmos sobre a remarcação do último show que não aconteceu. Quando o fim de tarde chegou, subi para o teto do trailer e estendi uma manta, deitando-me sobre ela. Ali de cima, observei o céu escuro. Nem de longe era como naquela noite. A luz da cidade e da feira ofuscavam toda a beleza na lua e as estrelas. Isso era um pouco triste.
Sozinha e em silêncio, permiti-me afundar em muitos pensamentos. Eu não tinha certeza do que estava sentindo em relação ao homem com quem estava transando. Mas era algo forte ao ponto de me fazer sentir sua falta e pensar nele o dia todo. Algo que me fazia sorrir só de me lembrar dos poucos momentos juntos. Acho que estava apaixonada por Jayden Bennett e já temia o quanto isso ainda me faria sofrer.
Um suspiro fundo, lento e pesado ecoou de mim. No seu maldito contrato dizia que não podíamos nos apaixonar. Simplesmente senti tal coisa não era permitido. E de fato eu não devia. Sempre que pensava em nós, menos achava que isso teria sido possível, porque quanto mais eu tinha dele, mais queria ter. Pensar que logo teria que partir, me causava certa angústia.
— O que está fazendo aí em cima? — perguntou Tate, pendurado na escada lateral do trailer que levava para o teto.
— Observando as estrelas.
— Você parece triste.
— Não é tristeza, é só que... sei lá. Em breve vamos embora.
— Está sofrendo por antecipação, ainda temos dois meses nesse lugar. — Sentou-se na beirada, perto da escada.
— Isso é pouco tempo, não é?
— É tempo demais, você quer dizer. Nunca ficamos tanto em um lugar. Afinal, por que pegamos tantos shows para fazer? O povo de Helena vai enjoar da gente.
Sentei-me, trazendo as pernas para junto ao tronco, abraçando-as.
— Achei que seria bom. A feira está recebendo grandes artistas. De repente, alguém nos nota. — Sorri.
— É só por isso? — Arqueou uma sobrancelha para mim.
— E por qual outro motivo seria, meu amigo?
Ele deu ombros.
Olhei as horas no celular e vi que já passava das sete.
— Preciso ir. Tenho um compromisso.
— Com o senhor gostosão?
— Claro que sim.
Rimos.
— Me fala um pouco de como é o sexo com esse homem?
— É maravilhoso!
Gargalhamos.
— Ele curte umas coisas diferente, mas preciso dizer que estou gostando.
— Um fio terra? — O seu tom soou engraçado.
— Ai, meu Deus, Tate! Não! Ele gosta de amarras e chicote. Essas coisas.
— Que delícia.
Rimos juntos outra vez.
— Okay, safadinha. Vai lá ser açoitada pelo bonitão.
Ele desceu do trailer e eu fui logo em seguida. Após despedir-me dele, dirigi para o Rancho Bennett. Às oito em ponto girei a chave no câmbio, desligando o carro. Saí e olhei para os lados, com estranheza. A caminhonete do Jayden não estava ali, onde certamente devia estar. Olhei para a cabana e vi luzes acesas pelas janelas. Andei até a porta e bati contra a madeira, mas nenhum ruído saiu lá de dentro, ninguém apareceu.
Com o cenho franzido, aproximei-me da janela ao lado, espiando por uma fresta da cortina. Não vi ninguém. Bati novamente na porta e chamei por ele. Insisti mais uma vez, mas ninguém surgiu. A cabana não era tão grande, ele teria me ouvido, mesmo que tivesse caído no nosso.
Desci os degraus da varanda e respirei fundo, apanhando o celular no bolso da jaqueta. Talvez ele tivesse mandado uma mensagem quando eu estava a caminho. Mas não havia nada ali também, nem uma ligação. Andei para próximo da cerca que rodeava a cabana e olhei na direção de onde vinha muita luz. Não dava para ver se tinha pessoas lá embaixo. Liguei para ele, mas a chamada seguiu direto para a caixa de mensagem. Ele certamente estava em uma área sem sinal.
— Que estranho.
Sentei-me nos degraus e resolvi esperar um pouco. Algo havia acontecido e parecia que ele havia saído às pressas. Luzes acessas e nem um bilhete ou mensagem. Jayden jamais teria esquecido do seu compromisso comigo. Ele não era esse tipo de cara.
O tempo foi passando e ele não voltou para casa. Eu estava sentindo um pouco de preocupação. Quando o relógio marcou nove e meia, decidi que iria embora, já havia o esperado tempo demais. Dirigi de volta para casa um tanto chateada e ainda mais preocupada.
Estacionei o carro perto no trailer e desci, cabisbaixa. Com a chave de casa na mão, caminhava em direção à porta quando senti uma aproximação repentina pelas costas, que me causou calafrios. Virei-me depressa, assustada. Meus olhos se arregalaram e meu coração bateu rápido quando vi dois homens estranhos me cercarem. Um deles sorriu friamente e aproximou-se mais, enquanto o outro parou mais distante.
— E aí, garota? Lembra de mim?
Engoli em seco. A luz ali era amena, mas recordei-me dele em segundos. Havia visto esse homem apenas uma vez na minha vida, em uma noite em Chicago, durante uma visita desagradável de um antigo conhecido.
— O que vocês querem? O meu prazo ainda não acabou. O inverno não chegou! — Tentei usar um tom firme.
— Mudanças de planos. Thommy tem pressa. E ele quer saber se vamos ter problemas com você.— Retirou do bolso um canivete, abrindo-o.
Dei um passo largo para trás, encostando-me na lataria do trailer. Meus olhos ficarem marejados e o pavor se fez presente.
— Não — disse quase sem ar.
O homem à minha frente sorriu e chegou mais perto, tocando o meu corpo com o seu. Ele aproximou o canivete da minha face, tocando a lâmina afiada na minha bochecha. Puxei o ar para dentro e prendi a respiração. Ainda mais assustada, fechei os olhos, virando a cabeça para a direita. Meu coração bateu mais rápido, mais forte. Posso jurar que senti-o trepidar na minha garganta.
— Você tem trinta dias, docinho. Ou me verá outra vez e a visita não será tão tranquila — sussurrou no meu ouvido, antes de deixar um beijo na minha têmpora e se afastar em seguida.
Ainda de olhos fechados, lágrimas escorreram pela minha face. Quando as minhas pálpebras se abriram, eles não estavam mais ali. Soltei a ar, buscando por fôlego. Sequei a face, tentando me acalmar e recompor.
— Merda! Merda! Merda! — disse enfurecida, enquanto mais lágrimas caiam.
Acertei um forte chute contra a roda do trailer e xinguei mais um a vez, socando a lataria em seguida. Cobrindo a face com as mãos, chorei por alguns segundos. Eu tinha um problema na minha vida. Uma dívida a pagar que não era minha. E, embora às vezes fizesse questão de esquecer disso, no momento não tinha como fugir.
Respirando fundo, ergui a cabeça, secando as lágrimas novamente. Agora tinha apenas trinta dias para fazer o que de fato me trouxe Helena. Não havia tempo para chorar.
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Até breve.
Com amor,
Larissa Braz.