Dominada Pelo Cowboy - Capítulo 4
Atualizado: 18 de ago.
Livro 1 da série Amores Ideais
Conteúdo adulto. Registro Copyright em 172 países - maio de 2023 | Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro - maio de 2023 | Autora Larissa Braz.
Representantes jurídicos advertem: Plágio é crime! A violação dos direitos autorais é CRIME previsto no artigo 184 do Código Penal 3, com punição que vai desde o pagamento de multa até a reclusão de quatro anos, dependendo da extensão e da forma como o direito do autor foi violado.
Instrução: Ao tocar no nome das músicas citadas no texto, você será encaminhado para o videoclipe da mesma, no YouTube.
Olivia
Jayson me ajudou a sair da roda gigante. A minha mão grudava cheia de açúcar e manchada de vermelho. Fomos até uma barraca de bebidas e ele comprou uma garrafa de água. Abriu-a e despejou-a nas minhas mãos, para que eu pudesse lavá-las. Depois me deu guardanapos e seguimos andando pela feira.
— Aí, Jayson! — Alguém gritou por ele.
Paramos e olhamos para trás.
— Olá, moça bonita — cumprimentou-me um homem, tocando cordialmente a ponta do seu chapéu.
— Oi.
— Sou o Will. — Estendeu-me a mão.
— Olivia. — Apertei a sua palma.
— Larga a mão dela — falou Jayson, em um tom humorado, dando um tapa no braço do homem para que ele me soltasse.
— Estamos indo para o rancho. Vamos dar continuação na festa por lá — falou muito animado.
— Não faria isso se fosse vocês. Lembrem-se que amanhã acordamos às quatro. E se Jayden descobre, ele não ficará nada feliz.
— Ele está bem ocupado com os negócios por aqui.
Jayson me olhou apreensivo.
— Vamos lá, cara. Estamos levando algumas garotas e cerveja. Pode levar a Olivia. — Piscou para mim.
— Você quer ir?
— Eu não sei. Você mesmo acha que não é uma boa ideia.
— Ele só está com medo do Jayden — disse Will, rindo.
Jayson o olhou feio.
— Quer saber… Vamos lá.
Will riu e esfregou aos mãos, ansioso.
— Posso trazer você depois — falou Jayson para mim.
— Ou, eu posso ir com o meu próprio carro e voltar sozinha.
— Tem certeza? Pode se perder na estrada.
— Eu me acho.
— Tudo bem, então.
— Preciso me trocar. Te encontro na saída da feira, em meia hora.
Despedimo-nos brevemente e caminhei rumo ao estacionamento dos trailers. Ao chegar lá, vi Jayden. Ele estava ao lado de um grande trailer de transporte animal e conversava com alguns homens. Achei que passaria despercebida por ele, mas não. Foi como se tivesse sentido a minha aproximação. Os seus olhos saíram das pessoas à sua frente, vindo diretamente para mim. Desviei o meu olhar dele e apressei os passos.
Entrei em casa e comecei a me despir. Vesti calça jeans, camiseta, um casaco de lã quentinho e apropriado para a noite fria. Calcei as velhas e boas botas pretas, deixando-as por debaixo das pernas da calça, e saí do trailer com o chapéu na mão, fechando a porta.
— Como foi o passeio? — perguntou Jayden, parado atrás de mim.
— Você estava errado. — Virei-me para ele. — Ele me beijou.
Jayden ficou um tanto chocado com o que eu lhe contei, mas soube disfarçar isso rapidamente.
— Tenha uma boa noite. — Afastei-me ao mesmo tempo que colocava o chapéu na cabeça. — Ah! — Parei e olhei-o por cima do ombro. — E o beijo foi melhor do que eu esperava.
A mandíbula dele se contraiu. Ergueu o queixo com um olhar soberbo e guardou as mãos no bolso da calça. Acho que ele não gostou da última informação recebida. Sorrindo, continue a andar. Jayden nada disse ou sequer me seguiu. Entrei na caminhonete me sentindo um tanto vingada. Ele havia me irritado e agora eu tinha o irritado de volta.
Dirigi para a saída da feira e encontrei a caminhonete do Jayson lá, junto a outras duas que tinham adesivos amarelos da porta, escrito: Rancho Bennett. Juntos, deixamos aquele lugar dirigindo em direção ao rancho. Ao chegarmos lá, descemos até onde os peões moravam. Estacionei o carro junto ao deles e desci.
Todos estavam muito animados e riam alto. Os homens se juntaram e começaram a fazer uma fogueira perto do redondel. Algumas mantas foram colocadas no chão para nos sentarmos ao redor do fogo. Cervejas foram distribuídas e a modesta festa começou.
— Onde está o seu violão, cantora? — perguntou um homem de meia-idade.
— No meu carro.
— Vai agraciar a gente com boa música essa noite? — perguntou outro.
— Posso fazer isso. Eu já volto. — Levantei-me.
— Não se sinta obrigada — falou Jayson.
— Está tudo bem.
Caminhei até a caminhonete, que estava um pouco distante. Apanhei o violão que sempre carregava ali dentro. Havia sido o primeiro que comprei quando ainda nem sequer sabia tirar algum som dele. Voltei para ao redor da fogueira e me sentei, preparando-me para tocar.
— O que vocês querem ouvir?
— Uma que faça o Tip chorar. Ele acabou de levar um pé na bunda.
Todos riram enquanto Tip os mandava ir se ferrar, em um tom de brincadeira.
— Okay.
Comecei a tocar no violão a introdução da música Just A Kiss. Em alguns segundos, iniciei a canção enquanto todos me ouviam em silêncio, atentos.

Jayden
Estacionei o carro em frente a cabana e desci. Do alto do morro, pude ver a claridade que vinha de labaredas entre o redondel e a instalação dos peões. Aqueles infelizes haviam trazido a festa para o rancho e isso não era nada bom. Noites assim sempre costumam acabar com brigas entre eles por causa de alguma mulher que nem sequer vale o par de botas que calça. Respirando fundo, segui até lá. Chegaria logo com um balde d’água sobre a fogueira e colocaria aqueles que não são daqui para fora e os meus homens para lembrar das responsabilidades que logo os chamariam antes do amanhecer. Mas, ao me aproximar, escutei o som doce de uma voz feminina cantarolar calmamente uma canção. Os meus passos desaceleraram, parando na penumbra. Escondendo-me atrás dos carros, observei quem estava naquela roda. Tamanha foi a minha surpresa ao ver Olivia ali. Perguntei para mim mesmo o que ela fazia no rancho. Mas logo vi Jayson sentado ao seu lado com um sorriso bobo e obtive a resposta instantaneamente.
Foi impossível não me lembrar do que ela disse sobre eles. O meu irmão havia beijado a mulher a qual eu vinha desejando tão veemente.
Será que eles têm a intenção de dormirem juntos essa noite?
Pensar nisso me deixou agitado e um pouco irritado. Não deixaria que isso acontecesse.
Quando ela acabou, Tyler pediu o violão emprestado e começou a tocar e cantar outra música lenta. Olivia se juntou a ele, cantando em alguns pequenos momentos. Tip se virou para pegar uma cerveja e olhou para onde eu estava, vendo-me ali, parado no escuro. Ele ficou tenso, paralisado por alguns segundos. Acho que já esperando pela represália. E, embora eu não gostasse de precisar interromper Olivia, era preciso fazer isso. Saí da penumbra, pegando todos de surpresa. Olivia e Tyler se calaram. Todos me olharam, levantando-se depressa, menos Jayson e a sua convidada.
— Vai se juntar a nós, Jayden? — perguntou ele.
— São dez horas da noite. É hora de todos já terem se recolhido.
— Por que você sempre tem que estragar a festa? — questionou o meu irmão, em um tom rude.
— Se todos aqui tivessem consciência das suas obrigações e respeitassem as regras desse lugar, eu não seria um grande estraga prazeres! — disse irritado, encarando-o de cenho franzido.
Olhei para o lado e lá estava os peões indo para dentro do alojamento, junto das mulheres que trouxeram.
— Que porra é essa, Tip? — gritei, indo até eles.
— Nenhuma delas está comigo — disse, erguendo as mãos para cima.
— Fora daqui! Todas vocês! — ordenei para as garotas. — Lloyd! Leve-as embora.
— Tudo bem, chefe! É hora de ir, meninas — chamou ele.
As mulheres se foram, resmungando, cabisbaixas.
— Mas que merda! Vocês sabem que é proibido mulher aqui dentro! — falei bem alterado para os peões, que apenas ouviram com olhares desconfiados.
Deixei o alojamento e não mais encontrei o meu irmão ou Olivia lá fora. A fogueira já havia sido apagada e a sua caminhonete não estava mais ali.
— Para onde eles foram? — perguntei ao Tip.
— Para a sede.
Caminhei a passos largos até lá. Ao me aproximar da casa, os dois riam de qualquer coisa, de pé, junto ao carro dela.
— Já não é hora da sua amiga ir?
Jayson se virou para trás, encarando-me feio.
— Você é a porra do meu pai por acaso? Parece que, às vezes, esquece que tenho vinte e nove anos e não nove, porra!
— Às vezes, não dá para ver a diferença. — Usei de um tom irônico.
Jayson inflou os ombros e veio até mim.
— O que está tentando fazer, Jayden? Me humilhar na frente dela? Acha isso engraçado? É divertido constranger a nós dois na casa que também é minha, só para se sentir bem com a sua vidinha de merda? — A sua respiração estava pesada e os punhos cerrados.
— Jayson — Olivia o chamou. — Não comecem outra brigar, por favor. Não quero ver isso.
Nós dois a olhamos ao mesmo tempo. Jayson se afastou indo até ela.
— Eu já vou indo. Boa noite. — Olivia se despediu, abraçando-o em seguida.
— Me avise quando chegar — pediu ele, antes de beijar a testa dela.
Ela assentiu e ele se foi para dentro de casa. O meu dever ali estava comprido. Eles não transariam, ao menos não essa noite.
— Por que fez isso? — perguntou, encarando-me.
— O quê? — Aproximei dela.
— Constrangê-lo na minha frente. Por quê?
— Para garantir que vocês dois não transem essa noite. — Sorri.
Olivia arregalou os olhos, puxou o ar com surpresa pela boca e desviou o olhar de mim por alguns segundos.
— Meu Deus! De vez em quando você poderia mentir.
— Odeio mentiras.
Dei mais um passo até ela.
— Não chegue perto! — Recuou.
— Por que, Olivia? Está ficando mais difícil resistir sempre que me aproximo?
— Você é muito metido! Age com plena arrogância e isso é irritante. — Ela estava um tanto impaciente.
— Não sou arrogante. Sou persistente e gosto de joguinhos. Sou alguém que vai atrás do que quer, e, no momento, estou querendo muito você.
Novamente os seus olhos se arregalaram para mim.
— Vou embora.
Virou-se depressa, abrindo a porta do seu carro. A minha loucura naquele momento foi mais rápida e mais forte do que qualquer raciocínio meu. Agarrei os seus cabelos e virei-a para mim, usando de certa força.
— Tenho muito mais do que ele para te oferecer. E acho que talvez você possa gostar. — Aproximei os meus lábios dos seus.
Ela engoliu em seco.
— Me deixe ir.
— Assusto você?
— Sim — disse baixinho, quase sem ar.
— Não tenha medo. Não existe nada que eu vá fazer com você que não irá gostar. Sabe o que eu gostaria de fazer agora? Adoraria poder passear com a minha língua pelo seu corpo. — Aproximei a minha boca da sua orelha. — Sugaria os seus seios entumecidos e depois chuparia a sua boceta até que gozasse.
As pernas dela falharam e eu a segurei firmemente pela cintura. A ponta da minha língua tocou o lóbulo da sua orelha, fazendo-a suspirar.
— Venha comigo?
Sem fôlego, ela negou com a cabeça.
— Pare de resistir, Olivia.
— Me solte.
— Se eu soltar você, será a última vez. Não pedirei mais por seu corpo.
Soltei o seu cabelo e ela virou a cabeça para me olhar.
— Vai tomar a força?
— Nunca faria isso. Apenas esquecerei de você. A deixarei livre para o meu irmão.
Os seus olhos deixaram os meus. Ela firmou-se novamente sobre as pernas e respirou fundo, buscando recompor o ar nos pulmões.
— Então me esqueça — disse ela, virando-se e entrando no seu carro.
Ela não queria. Embora me desejasse, não queria ceder, estar comigo. Talvez pelo medo que sentia. Ou porque eu realmente não fosse o que a conquistasse, apesar de despertar euforia nela.
Olivia arrancou com a caminhonete e foi embora. Fiquei ali, parado, observando o meu primeiro fora partir. Era um tanto engraçado, mas isso havia me deixado irado por dentro e um tanto frustrado. Porém, apenas cabia a mim respeitá-la. Quem sabe, ela poderia mudar de ideia.
Torne-se membro, curta a publicação, deixe o seu comentário e compartilhe com as amigas.
Até breve.
Com amor,
Larissa Braz.