Dominada Pelo Cowboy - Capítulo 9
Atualizado: 8 de set.
Livro 1 da série Amores Ideais
Conteúdo adulto. Registro Copyright em 172 países - maio de 2023 | Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro - maio de 2023 | Autora Larissa Braz.
Representantes jurídicos advertem: Plágio é crime! A violação dos direitos autorais é CRIME previsto no artigo 184 do Código Penal 3, com punição que vai desde o pagamento de multa até a reclusão de quatro anos, dependendo da extensão e da forma como o direito do autor foi violado.
Instrução: Ao tocar no nome das músicas citadas no texto, você será encaminhado para o videoclipe da mesma, no YouTube.
Olivia
— Que diabos isso significa? — Ergui o contrato, antes de abri-lo.
— Um contrato de privacidade e sigilo sob penalidade, multa e processo jurídico.
Olhei-o confusa.
— Privacidade e sigilo? — Estreitei os olhos para ele.
— Este contrato diz que tudo o que fizermos entre quatro paredes, não diz respeito e nem é para o conhecimento de ninguém além de nós dois. Nem durante e muito menos depois dessa relação. Quando rompermos a nossa ligação, caso deseje por algum motivo me prejudicar, estará sobre pena de multa no valor de cem mil dólares e eu processarei você.
Eu o olhava incrédula e queixo caído. Estava um pouco assustada. Um riso de puro escárnio escapou de mim. Joguei a pasta sobre a mesa, respirei fundo, cruzei os braços e o encarei seriamente.
— Acha que sou esse tipo de pessoa? Alguém que em algum momento vai querer prejudicar você de alguma forma? Meu Deus, Jayden. Isso não é sexy e nem de longe vai me fazer querer ter algo com você.
— O que vamos fazer, apesar de consensual, pode deixar marcas no seu corpo. De modo algum posso deixar que em algum momento queira usar isso contra mim.
— Usar isso contra você?! O quê? Eu não vou assinar isso! — disse um tanto irritada, empurrando o contrato na sua direção.
— Se não assinar, nós paramos por aqui. — O seu tom foi rude, assim como a sua feição.
Não estava entendendo o que estava acontecendo ou o motivo de tudo isso.
Eu não sou confiável?
— Okay. Então, nós fomos um caso de uma única noite. — Levantei-me. — Isso que você fez é ridículo. É duvidar da minha índole, do meu caráter. Não entrarei nessa, se é para eu sentir o tempo todo que você dúvida de mim. Desculpe. Mas não dá. Pensei que fosse sobre confiança essa relação.
Eu me sentia decepcionada. Embora não nos conhecêssemos, ele acha mesmo que a garota que mora no trailer e vive na estrada atrás de um sonho musical, vai mesmo prejudicá-lo? Bom, se eu quisesse fazer isso, já teria feito. Ele me perseguiu algumas vezes e aliciou o meu corpo, embora eu tenha gostado de cada toque.
Abri a porta e deixei a sala indo em direção à saída. Apertei o botão do elevador e logo ele se abriu. Um homem entrou junto comigo e nós descemos em silêncio. Ao deixar o prédio, olhei para trás e então continuei a andar rumo ao carro.
— Olivia!
Olhei para o lado e lá estava Jayden, parado na calçada, com o maldito contrato na mão.
— Por favor… Assine. — Caminhou até mim. — Ontem você estava disposta a tentar.
— Não é sobre desistir do que estava disposta a me submeter ontem, Jayden. É sobre você me tratar como um perigo eminente no seu caminho. Isso é desconfortável para mim.
— Veja isso como um negócio.
— Um negócio? Acha que seria menos pior se eu tratasse um envolvimento sexual como um negócio? Só falta você dizer agora que vai me dar dinheiro antes que eu vá embora.
Ele abaixou a mão que estendia a pasta na minha direção e respirou fundo.
— Vem tomar um café comigo e deixe eu explicar melhor sobre isso.
— Vou para casa. — Virei-me, pronta para entrar no carro, mas ele me deteve, segurando o meu punho.
— Por favor, Olivia. — A sua voz soou mansa e baixa. Olhei para o meu braço ao sentir o seu polegar roçar o meu pulso, com carinho. — Só um café.
Olhei novamente para ele.
— Tudo bem.
Ele me soltou e eu fechei a porta do carro. Do outro lado da rua, havia uma cafeteria. Atravessamos e nos sentamos em uma das mesas postas na calçada. Ele se sentou ao meu lado e colocou a pasta sobre o tampo de madeira rústica.
— Isso é para a minha segurança.
— Não está melhorando as coisas.
— Há um ano, teve uma garota. Ficamos juntos por alguns meses e quando rompi, ela se mostrou nada satisfeita. Dois dias antes, nós estivemos juntos. E, por Deus, havia sido tudo consentido. Mas ela viu nas marcas que ficaram no seu corpo um jeito de me ferrar durante a campanha do meu pai, faltando apenas uma semana para a eleição. Ela foi até a polícia e registrou uma queixa por estupro e agressão.
Confesso, fiquei um pouco tensa e chocada com a história.
— Café? — perguntou uma moça, colocando xícaras sobre a mesa.
Jayden assentiu e ela logo despejou o líquido fumegante nas xícaras, se retirando em seguida. Ele apanhou a porcelana branca à sua frente e levou-a até a boca, tomando um gole.
— E o que aconteceu?
— Implorei para que ela não fizesse isso, porque não era verdade e não prejudicaria apenas eu, mas também o meu pai e os meus irmãos. Ela percebeu o meu desespero e então me extorquiu. Duzentos mil e ela retiraria a queixa.
— O que fez?
— Dei o dinheiro a ela, é claro. As pessoas não acreditariam em mim. Seria a voz dela contra a minha. O que vivíamos era sigiloso, ninguém sabia que sequer nos encontrávamos.
— Mas eu não sou como essa pessoa, Jayden.
— Você é uma pessoa boa. Mas de maneira nenhuma posso arriscar. Ainda mais agora que o meu pai é o governador de Montana. Por favor, Olivia. Não estou duvidando da sua índole, estou me respaldando. É para que eu me sinta seguro. Isso é para mim! Você será a primeira depois de tudo o que aconteceu. Quero viver isso com você.
Encarei a pasta à frente e puxei-a na minha direção, abrindo-a outra vez.
— Não vou assinar sem ler.
— Fique à vontade.
Jayden pediu outra café e eu comecei a ler o contrato. Nele, dizia que a nossa relação não é amorosa e nem será pública. Os nossos encontros seriam em hotéis reservados por ele ou na sua cabana. Também falava da importância do consentimento e especificava detalhadamente sobre o nosso acordo sexual, o qual afirmo que nada será realizado sem a minha autorização. Em outras páginas dizia ser proibido registro de fotos, vídeos e áudios. Na seguinte, falava sobre o direito garantido de pararmos com os encontros, sem ressentimento ou questionamentos. Nas últimas folhas, continham vários parágrafos. Neles, se assinado por mim a última página, eu estaria reafirmando que faço tudo em pleno consentimento e entendimento daquilo que concordei em participar. Alertava-me também sobre a multa de cem mil dólares em caso de difamação, extorsão, tentativa de processo e ou denúncia feita da minha parte contra ele. Tudo meio absurdo. Talvez, muito absurdo. Mas eu iria assinar. Acreditava nele. Confiava, mesmo sem dever.
Quando terminei de ler a última linha, uma caneta preta com gravura dourada foi posta à minha frente. Ergui os olhos até ele, que me olhava por cima da xícara. Apanhei a caneta, girei a sua parte superior expondo a ponta, e assinei. Fechei novamente a caneta e observei o nome escrito nela. Eram as letras JB de Jayden Bennett. Devolvi-a para ele, com o contrato. Ele sorriu satisfeito e colocou a xícara sobre a mesa, apanhando a pasta e a sua caneta.
— Nos vemos amanhã. Sei que tem um show essa noite.
— Onde nos encontraremos?
— Na cabana. Às oito. Não atrase! — Levantou-se, retirando a carteira no bolso. Ele apanhou uma nota de dez dólares e jogou-a sobre a mesa, antes de sair sem se despedir ou olhar para mim mais uma vez.
Eu o observei atravessar a rua e entrar na sua caminhonete, que estava parada alguns carros depois da minha.

Jayden
Coloquei o contrato no banco do passageiro e encarei-o. Por dentro eu estava muito feliz que ela tivesse assinado. Liguei o motor do carro e segui caminho para casa. Pela estrada eu pensava nela. Olivia era linda! E ela me atraia de um jeito um tanto diferente de como outras mulheres fizeram. Talvez fosse o fato de ela ter sido tão resistente. Confesso que antes achava que seria apenas uma vez. Eu provaria do seu sabor, enterraria a minha carne dentro dela, a faria chegar no ápice e depois gozaria, despedindo-me em seguida. Não era todas as minhas conquistas que eu desejava domar. Para mim, submeter alguém é algo que requer responsabilidade e uma boa escolha de parceria.
Depois de todo o problema do passado, prometi para mim mesmo que não mais estaria com uma submissa que não fosse experiente. Perder tempo ensinando alguém, é terrível. E me sentir inseguro com a compreensão da mulher sobre o BDSM, era pior ainda. Algumas, já deram tapas no meu rosto e pediram que eu não mais chegasse perto. Outras, provaram movidas pela curiosidade, mas logo foram embora. É impossível ficar se não desejar isso verdadeiramente ou se não estiver na sua essência o desejo por cuidado e submissão.
Eu tinha um pouco de receio que Olivia fosse embora depois da noite de amanhã e não mais voltasse. Eu a queria, embora soubesse termos data certa para acabar. Por isso decidi passar por cima da minha promessa. Dois meses, era tudo o que tínhamos.
Na manhã seguinte, tomava o meu desjejum sentado à mesa de jantar na casa da sede, quando Jayson apareceu. Ele puxou uma cadeira e sentou-se em silêncio. Abaixei o iPad, onde lia as notícias da manhã, e observei-o.
— Tudo bem? — perguntei.
— Sim. Por quê?
— Não vi você ontem.
— Você saiu bem cedo ontem. E pela tarde eu levei o gado para o outro pasto.
— Não foi a feira ontem à noite? — Eu precisava saber se ele e Olivia estavam bem, não que fosse da minha conta.
— Não. Cheguei muito cansado da lida.
— Achei que iria ver a sua amiga cantar. — Voltei a olhar para o iPad.
— Vou vê-la mais tarde.
Olhei-o.
— Ela me mandou uma mensagem, me chamando para ir assistir ao rodeio.
— Que horas? — perguntei intrigado. Ela estava se esquecendo do nosso compromisso?
— Às seis.
Bebi o restante do meu café e levantei-me, indo para mais um dia de trabalho. Esperava apenas que ela não estivesse se esquecendo do nosso compromisso e nem que se atrasasse. Entrei no carro e dirigi até o estábulo. Ao descer, Tip veio logo na minha direção.
— Algum problema? — Ele não estava com uma cara boa e mordia o canto da boca. Eu o conhecia a minha vida toda, sabia que aquele era um gesto de que estava irritado com algo.
— Cercas estouradas e outro buraco. Esse já é o sexto!
Respirei fundo, já muito impaciente com essa história.
— Estou começando a considerar medidas drásticas.
— E quais são elas?
— Gente armada a noite toda ou transformar aquilo em um campo minado.
— Impossível mantermos homens lá por várias noites seguidas. Eles têm que trabalhar no dia seguinte. Exceto se contratemos gente para isso.
— Não. Seria mais gasto. Seja lá quem estiver cavando, já está nos dando bastante prejuízo com a merda da cerca. Minar aquele campo começa a me parecer bastante atraente.
Tip riu, baixinho.
— O seu pai surtaria com isso, ainda mais se alguém se ferisse.
— Ideia estúpida, eu sei. — Acabei rindo de mim mesmo.
— A vacinação da segunda leva do gado começa hoje. Você vem? — perguntou ele, afastando-se em direção ao seu cavalo.
Assenti e montei no Atlas, seguindo para o curral, onde veterinários e peões começavam a preparar o gado para a vacinação. Passei boa parte do dia ali. Vi quando Jayson saiu limpo e perfumado de casa. Pensar que ele estaria com Olivia, gerou-me um pequeno incomodo. Talvez porque agora, mesmo que temporariamente, seu corpo pertencesse a mim e eu conhecia as intenções dele para com ela.
Logo que ele se foi, fui para casa. Subi a escada que levava ao sótão e abri a porta, puxando a corda acima da minha cabeça para acender a luz. Observei as poucas coisas ali guardadas, tentando me recordar onde estava o aparato que eu desejava para esta noite. Levantei algumas lonas, até que o encontrei. Estava um pouco empoeirado, mas ainda em perfeito estado. Segurando-o sobre o ombro, desci a escada, levando-o para o quarto. Entrei e coloquei-o escorado na parede. Na cozinha, peguei um pano, balde com um pouco de água e álcool. Cuidadosamente, limpei o couro que revestia a madeira. Depois de limpo, peguei uma chave de fenda na caixa de ferramentas e prendi-o na parede.
Afastei alguns passos para trás e observei-o, já imaginando ela presa ali, a minha mercê. Sorri, levemente excitado, apenas com a minha imaginação e segui para o banho. Fiz a barba e vesti uma camisa xadrez azul-escuro, calça jeans preta e botas de mesma cor em camurça.
Olhei as horas no relógio no meu punho e já eram quase sete e meia. Caminhei até a lareira e coloquei mais lenha. Precisava que ali ficasse quente, para que ela não sentisse frio. Tinha a intenção de deixá-la a noite toda sem roupa. Servi-me de uma dose de uísque e sentei-me no sofá diante do baú. Abri-o e avaliei os brinquedos. Seria difícil escolher apenas alguns para usar com ela. Eu não queria assustá-la usando uma grande quantidade de coisas estranhas e dolorosas para Olivia. Por isso, precisava escolher bem quais seriam.
Decidi optar por aqueles que chamaram a sua atenção naquela noite. Apanhei o vibrador, as presilhas de mamilos, o chicote e a venda. Escolhi também uma vela de amêndoas. Seria divertido brincar com isso. Levei-os para o quarto e organizei-os sobre a cama, acendendo a vela na mesa de cabeceira.
Quando o relógio no meu punho despertou anunciando que era oito horas, uma batida na porta foi ouvida. Caminhei até lá, abrindo-a com certa pressa. E lá estava ela. Parada diante de mim, usando um vestido rosa, minúsculo e justo ao corpo, além da bendita jaqueta vermelha. Ela calçava botas pretas de cano longo, usava brincos grandes e dourados, e um chapéu preto. Ela simplesmente estava linda! Perfeita! O seu cheiro viajou com o vento frio da noite até as minhas narinas, funcionando como um afrodisíaco. O desejo por ela ficou maior naquele segundo. Senti-me ainda mais contente que ela tivesse assinado aquele contrato, que estivesse ali para uma noite de prazer comigo.
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Até breve.
Com amor,
Larissa Braz.