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Segredo Para Três - Conto Erótico

Atualizado: 5 de jun. de 2023

Conteúdo adulto. Também disponível na Amazon Kindle Unlimited.

Registro Copyright - 2019 | Biblioteca Nacional - 2019 | Autora Larissa Braz.


Era um dia especial para o meu relacionamento, e aquela noite foi marcada de uma forma extremamente excitante de um jeito que eu não esperava. Foi uma surpresa e tanto que marcou as nossas vidas, mudando o futuro para sempre.


Brandon era o melhor amigo do meu namorado. Ele o acolheu quando era um adolescente perdido após fugir da vida familiar complicada. Deu um cama quente, comida e bons conselhos os quais James levava sempre consigo. Desde que eu e ele começamos a namorar, muito eu ouvia falar do seu amigo mais velho, mas pouco o tinha o visto até alguns meses atrás, quando Brandon deixou a Suíça ao voltar para Londres. Isso aconteceu repentinamente depois do término do seu quarto casamento. Ele veio morar comigo e o meu namorado, mas isso só seria por algumas semanas. Bom, ao menos foi o que James disse e eu acreditei.


Estava tudo bem, a sua companhia não era tão ruim assim. Eu trabalhava em casa e passava sempre os dias sozinha, então ter alguém ali era agradável. Embora, às vezes, Brandon fizesse bastante barulho como naquele momento. Uma publicitária em fase de criação, precisava de silêncio, mas a visita tocava violão na sala há uns trinta minutos. Sempre que errava uma nota, ele voltava e começava a canção novamente.


— Merda! — murmurei impaciente.


Passei as mãos pelo rosto e me levantei irritada indo até à sala. Ao abrir a porta do escritório, Brandon estava sentado em frente a vidraça do apartamento, sem camisa. Ele recebia a iluminação da manhã que marcava a sua silhueta de forma divina. Tinha um cigarro preso entre os lábios, que queimava lentamente. Os poucos pelos no peito, se destacavam no torso desnudo. Parada ali, pude mais uma vez admirar como ele era bonito. Por segundos desejei que, quando mais velho, James ficasse exatamente com aquela aparência: um cinquentão badboy com cabelos acinzentados e um abdômen marcado que exalava um ar inteiramente sexy.


Brandon parou de tocar e me olhou por debaixo da mecha de cabelo despencado sobre os olhos. O cigarro foi retirado da boca e posto sobre o cinzeiro à sua frente. Ele sorriu. Um maldito sorriso que me deixava nervosa. Sempre!


— Estou atrapalhando você, querida?


Por que ele me chamava assim? Eu queria que James me chamasse assim. Achava tão atraente, e isso era péssimo! Brandon é o melhor amigo do homem com quem quero me casar. O meu amigo também, merda! Não posso me sentir assim por ele. Esse homem tem que se mudar daqui.


— Um pouco. — Sorri desajeitada. — Você pode parar por uma hora?


Ele se levantou e colocou o violão sobre a poltrona em que estava sentado. Brandon usava uma calça de moletom cinza que era um tanto folgada para ele. O elástico estava um pouco abaixo do abdome, dava para ver perfeitamente a marca da sua pelve e alguns pelinhos.


Maldito!


Aproximou-se e passou a mão pelos cabelos, jogando-os para trás. O seu cheiro era uma mistura de perfume caro com tabaco. Isso era para ser um odor completamente desagradável para alguém que odeia perfumes fortes e ama lavanda por toda casa, mas eu gostava! Era atrativo para mim. Lambeu os lábios lentamente e aquilo foi muito sedutor. A sua mão direita coçou a barriga com delicadeza, usando as pontas dos dedos.


Droga! Droga! Droga! Porra!


O meu coração bateu um pouco mais rápido. A minha boca encheu d'água. Acho que outras partes também.


— Por quanto tempo quiser.


Engoli em seco.


— Obrigada.


Prendi a respiração e passei por ele voltando para o escritório, sem olhar para trás. Estava tão nervosa. A maçaneta escapou da minha mão suada e a porta bateu ao se fechar, causando um estrondo. Escutei a sua risada grave do outro lado. O canalha sedutor sabia o efeito que causava em mim e se divertia com isso. E esse efeito era um problema. Grande!


Comecei a sentir atração sexual por ele, e isso é uma merda e torrava com os meus miolos. Eu amava o James, amava muito! Por que isso estava acontecendo? No começo era divertido admirar o seu corpo, mas, agora, já não é mais. Sempre que o olhava, sentia tesão. Admirava-o quando não estava me vendo ou distraído, é mais forte do que eu. Quando notei que nos últimos dias a minha calcinha ficava úmida e o meu coração batia mais forte, me desesperei. Isso não estava certo. Não é?


Sentei novamente à mesa e voltei ao trabalho. Depois de quase três horas em absoluto silêncio, uma forte batida contra a porta me assustou. Ela foi aberta e a cabeça de Brandon apareceu no cômodo.


— Aposto que está com fome. O almoço está servido.


— Okay. Já estou indo.


Voltei a atenção para o laptop à minha frente. Trabalharia por mais uns minutos e logo iria. Ele entrou sem ser convidado – agora usando uma camiseta – e parou diante da mesa. Encarou-me com olhos estreitos, em silêncio, e com as mãos guardadas no bolso do moletom.


— Quer dizer algo? — perguntei.


— Estou te esperando. — Sorriu.


Só podia ser brincadeira. Ele iria mesmo ficar ali, estático como um pedaço de pau? Encaramo-nos por alguns segundos e ele continuava a sorrir, sem se mexer.


— Entendi.


Levantei e Brandon andou na minha direção. Parou quase obstruindo a passagem entre a mesa e a parede. Engoli em seco. Olhei-o e percebi que ele não se afastaria. Parecia satisfeito com a proximidade. Passei por ele esbarrando o meu braço no seu peitoral. Fiquei nervosa novamente com a sua presença e o toque.


A sala e a cozinha eram integradas no conceito aberto. Ao sair do escritório, um maravilhoso cheiro de carne assada invadiu o meu nariz e logo avistei a mesa posta. O meu estômago roncou, alto. Brandon riu e puxou uma cadeira para mim.


— Obrigada.


Sentei e ele se acomodou ao meu lado na mesa redonda, que ficava ao canto, próxima das janelas da sala.


— Cordeiro assado. — Destampou a bandeja à nossa frente.


— Uau! Você cozinhou isso?


— Não, mas alguém no restaurante cozinhou para nós. — Riu.


A comida estava fumegante e o cheiro era ainda melhor. A carne estava linda e me deu mais fome.


— Vamos comer, então.


Peguei o meu prato e levei a mão até a tigela com a salada italiana.


— Não, não. Eu lhe sirvo.


Tomou o prato de mim.


— Comprei um presente para você.


— Presente? — Franzi o cenho com estranheza.


Por que diabo está me presenteando de novo?


— É só uma coisinha boba que vi na rua quando estava voltando para casa com o almoço.


Serviu o meu prato e o colocou à minha frente. Brandon se levantou e caminhou até a ilha da cozinha. Pegou uma sacolinha rosa e a me entregou.


— Abra.


Respirei fundo e encarei a sacola. Naquele dia, quem tinha que estar me dando um presente era o James, afinal, estávamos completando dois anos de namoro e um ano que morávamos juntos. Abri a sacola e enfiei a mão lá dentro tirando uma caixinha para fora. Ao abri-la, um par de brincos.


— Não é nenhuma joia cara, mas é delicado como você. Achei bonito.


Os brincos eram pequenos, redondos, prateados e tinham uma pedra azul no centro. Eram mesmo bonitos e delicados. Aquele já era o terceiro presente que me dava sem o menor motivo desde que veio ficar conosco. O primeiro ele disse ser um agradecimento por deixarmos ele morar aqui. O segundo, ele apenas deixou sobre a mesa do escritório e quando eu o questionei o motivo, ele apenas disse: “um presente bonito, para uma moça bonita.” Por isso nem o questionaria sobre aquele. Sei que viria qualquer explicação sem sentido da sua boca.


— É lindo. Adorei.


Ele sorriu e aquilo foi muito galanteador. Adorava como linhas de expressão se formavam de maneira graciosa ao redor dos olhos quando sorria. Era resultado do tempo vivido, mas nada que o fizesse ser menos bonito.


Comemos sem muita conversa. Eu estava nervosa demais com a sua presença e isso me fez sentir constrangida. Estava finalizando a salada quando o seu joelho encostou no meu. Porra! Um simples toque me causou um leve choque no lugar e uma pequena reação de susto. Brandon riu, baixinho, de cabeça baixa. Foi proposital, eu sei.


Levantei levando o prato para a pia. Brandon seguiu os meus passos parando atrás de mim. Senti o seu calor emanar e aquecer as minhas costas. A sua mão esquerda tocou o meu quadril e o seu outro braço se esticou colocando o seu prato dentro da pia. Senti arrepios na pele embaixo da sua palma.


— Vou voltar ao trabalho. Obrigada pelo almoço.


Sai dali quase correndo e entrei no escritório outra vez. Sempre que James estava fora, Brandon me tocava de maneira sutil e me olhava como quem quisesse me despir. Embora isso me fizesse quase desmontar no chão, eu gostava dessa atenção. E as investidas dele estavam ficando cada vez mais frequentes e instigantes. Ele queria algo de mim e não era apenas companhia para o almoço. E eu queria algo dele que não podia ter.


Passei a tarde sem muita concentração para o trabalho. A pele ainda formigava onde ele a tocou. O desejo crescia e eu o reprimia. Começava a ficar zangada comigo mesma. Sentir essas coisas me tornava infiel ao meu namorado?


***


Já passava das cinco quando parei de trabalhar. Ao passar pela sala, fiquei aliviada em não ver o Brandon ali. Atravessei o corredor depressa em direção ao meu quarto. Depois do banho, comecei a me arrumar. James disse que chegaria por volta das sete para podermos sair e comemorar os nossos vinte e quatro meses juntos. Torcia para que ele não se atrasasse, mas era possível acontecer. Sempre acontecia. Era o preço que se pagava por estar com um advogado criminal requisitado. Ele costumava chegar bem tarde muitas vezes por semana. Antes eu ficava sozinha, mas com a chegada do Brandon passei a ficar na sua companhia da hora que acordava até o momento em que me deitava para dormir. A falta do James no começo da relação foi um problema, mas depois apenas me conformei com a situação.


Às vezes, acredito que tanto tempo a sós com ele é o que tenha contribuído fortemente com a atração que tomava conta dos meus pensamentos, como da última vez que eu e James transamos. Culpei-me por muitos dias por causa daquilo. Durante todo o tempo que James passou enterrando o seu pau em mim, pensei no seu amigo. Apenas fechei os olhos e me entreguei à fantasia sexual. Mas, depois, me perguntei se aquilo não era doentio ou, de certa forma, me transformava em uma grande vadia burra.


Às sete, estava pronta. Deixei o quarto e caminhei para a sala. Brandon estava lá, deitado no sofá. Quando o meu viu, os seus olhos se arregalaram e ele se levantou rapidamente, ficando de pé.


— Você está maravilhosa.


— Obrigada. — Sorri, pois, me sentia extremamente linda.


Tive a preocupação em ondular os cabelos, fazer uma bela maquiagem e caprichar no meu perfume que James dizia ser o favorito dele.


— Sente-se. O seu namorado não deve demorar.


Sentei ao seu lado e cruzei as pernas. Senti o seu olhar flamejar na minha pele. A sua mão escorregou para entre nós, mas ele não me tocou. Embora, mesmo negando para mim mesma, eu desejasse sentir ao menos as pontas dos seus dedos.


A TV estava ligada no noticiário e assistimos em silêncio. No canto inferior direito da tela, as horas marcavam sete e meia. Peguei o celular na bolsa e verifiquei se não havia alguma mensagem não lida. Não tinha nada. James estava atrasado, mas devia estar a caminho. Acho que se não estivesse, teria avisado sobre o seu atraso. No entanto, o relógio marcou oito e nada do meu namorado aparecer.


— Combinei de ver alguns amigos hoje. Já vou indo.


Brandon se levantou e vestiu a jaqueta jeans desbotada. Caminhou até mim e pegou-me de surpresa com um beijo demorado na testa. Quando se distanciou um pouco, o suficiente para nos olharmos nos olhos, ele curvou os lábios naquele maldito sorriso outra vez.


— O seu cheiro é tão gostoso quanto você.


Passou os dedos suavemente por minha bochecha que, com certeza, ficou corada com a sua frase e proximidade. Passei a língua umedecendo os meus lábios e o mordi o inferir. As coxas se apertaram causando pressão na minha intimidade que pulsou. Ele afastou e caminhou para a saída pegando a sua chave no caminho. Quando a porta se fechou, relaxei no sofá. Eu era uma grande safada por me excitar com aquele homem. Às vezes, gostava disso. Outra ora, não.


Respirei fundo para me recompor e me levantei dando algumas voltas pela sala e cozinha. Servi um copo d’água e parei diante das janelas, observando a entrada do prédio. Eu aguardava ansiosa a chegada do James, mesmo sabendo estarmos prestes a perder a reserva no restaurante caro do centro. Mas eu me contentaria com um cachorro-quente no food truck da esquina, desde que tivesse esse tempo com ele. Eu só queria comemorar a nossa noite. Sempre fui uma mulher apegada com datas, e não diferiria com o dia treze de agosto.


Não sei quanto tempo fiquei parada ali, observando a rua pouco movimentada. Parei de olhar as horas para evitar uma frustração maior. De repente, a porta se abriu e eu me virei para trás, esperançosa, imaginando ser o James. Porém, quem passou por ela foi Brandon. Suspirei triste, magoada. Caminhei para o sofá e me sentei. Retirei os sapatos e os joguei para o canto, junto da parede. Brandon entrou e veio até mim. De trás das costas, ele tirou um buquê de tulipas amarelas.


— Para quem são?


— São para você. Pensei em rosas-vermelhas, mas isso pareceu ser meio... romântico demais para mim.


Sentou-se no sofá e me entregou as tulipas.


— E por quê?


Deu de ombros, escorando-se.


— James não chegou. Está atrasado. De novo.


Ele tocou o meu joelho, chamando a minha atenção do boque para ele.


— Eu sei. Ele me ligou. Pediu que eu voltasse para casa e jantasse com você.


— O quê? E por que ele não ligou para mim? — perguntei puta de raiva.


Bufei revirando os olhos. Estava zangada com o meu namorado. Não acreditava que ele havia feito isso, logo nesse dia.


— Sinto muito. Sei que é uma data especial para vocês. Ao menos, podemos comer alguma coisa bem gostosa e não deixar nada para ele — falou humorado.

— Não estou com fome.


Eu havia perdido o apetite, estava com raiva. Só pensava em um meio de castigar James pelo que fez.


— O que ele disse para você?


— Ligaram para ele quando estava a caminho de casa. Ele pensou que seria rápido, mas se enganou. Ele disse que é um cliente antigo que foi parar na penitenciária. Está tentando falar com algum juiz.


Apenas assenti, cabisbaixa.


— Vou pedir comida japonesa, sei que você adora.


— Peça somente para você. Já disse que não estou com fome.


Os seus dedos apanharam a ponta do meu queixo e ele virou o meu rosto na sua direção.


— Me dê a honra da sua companhia, querida. Estou cheio de fome. — A sua voz soou mais grave e o seu olhar era mais penetrante, estreito. A última frase parecia ter outro sentido naquele momento, saindo da sua boca. O polegar se ergueu e roçou delicadamente os meus lábios onde agora o seu olhar se demorava. Engoli a grossa saliva que empossou com desejo na minha boca. Brandon levantou e sacou o celular do bolso indo para cozinha.


Levantei e segui para o quarto. Precisava arrancar aquele vestido justo demais. No closet, troquei-o por um short jeans e uma camiseta branca e surrada, quase transparente. Quando voltei, tinha uma garrafa de vinho e duas taças sobre a mesa de centro na sala.


— Vamos beber? — perguntei.


— Mas é claro, hoje é uma data especial. Lamentamos a falta da outra parte, mas a festa não pode parar. — Riu.


Ele abriu a garrafa e nos serviu. Minutos depois da primeira taça, a campainha tocou. Era nosso jantar. Sentados na sala, comemos e bebemos. O vinho forte, com o qual não tinha costume, me fez alegre bem rápido. Eu me sentia bem novamente naquele momento, mesmo estando ainda com raiva do meu namorado.


Na quinta taça, já estávamos rindo com algumas histórias da juventude de Brandon e do seu primeiro casamento. Ele tinha apenas vinte anos quando se casou com a mulher que veio a abandoná-lo alguns anos depois. E foi logo após esse divórcio que ele conheceu James.


— Preciso ir ao banheiro.


— Certo. Vou recolher o lixo enquanto tu me deixas aqui — foi dramático, colocando a mão sobre peito.


Gargalhei.


Entrei no banheiro e fiz xixi. Enquanto lavava as mãos, encarei o meu reflexo no espelho. O meu batom já estava desbotado e as minhas bochechas estavam muito vermelhas. Sequei as mãos e ajeitei o sutiã que me incomodava. Odiava sutiã. Odiava quem inventou que mulheres tinham que usar aquilo. Sem pensar muito, irritada com o desconforto daquela “armadura”, arranquei-o deixando sobre a pia. Ao voltar para sala encontrei a mesa de centro limpa, mas as duas taças ainda estavam ali.


— Olha o que tenho aqui — disse Brandon, sacudindo outra garrafa de vinho na minha direção.

Ele sorriu de um jeito assanhado, como costumava sorrir sempre que James estava longe.


— Não sei se aguento.


— Confie em mim, querida. — Aproximou. — Você aguenta, sim.


Novamente a sua voz soou mais grave. E eu não sei o porquê, mas sorri para ele mordendo o meu lábio inferior. Brandon nos serviu. Sentados no sofá, perto demais, começamos a beber assistindo a um filme qualquer que passava na TV. Ele já estava pela metade e eu não entendia muita coisa que desenrolava nas cenas em preto e branco. De repente, o longa-metragem terminou com um casal se beijando sob a chuva em uma rua de Paris.


— Acho isso uma idiotice.


— O quê? — perguntei.


— Quem é que se beija debaixo da chuva?


Eu ri.


— Bom... eu beijaria debaixo da chuva em Paris. É romântico.


Ele me olhou de um jeito safado com um sorrisinho marcando somente um canto dos lábios. Brandon se virou para mim, sentado sobre a sua perna esquerda e apoiou o braço estendido no encosto do sofá.


— Ah, é? Quem você beijaria? — perguntou e se inclinou para mim.


— Perto demais! — berrou o meu cérebro.


— Não sei. Talvez quem estivesse comigo no momento.


Olhei para seus lábios carnudos e rosados pelo vinho. Eram belíssimos e convidativos, assim como a barba parecia me tentar a roçar a mão nela.


— E se esse alguém fosse eu?


Não esperava aquela pergunta. Pegou-me de surpresa. Olhei-o assustada, sem saber se eu devia responder àquilo. Mas, mesmo que eu quisesse dizer algo, não tive tempo. A sua mão sobre o encosto agarrou a minha nuca enquanto a sua boca se juntou na minha em um beijo faminto e intenso. O beijo durou bastante, me tirando o fôlego.


Ele chupou a minha língua antes dos seus dentes mordiscarem o meu lábio inferior. Quando nos separamos em busca de ar, ele agarrou as minhas coxas e me puxou na sua direção, deitando-me no sofá. Não tive tempo para nenhuma reação. Eu sei, devia ao menos ter tentado correr. Também sei que apenas um não bastaria para ele parar e me deixar em paz. No entanto, eu não queria que ele me deixasse em paz naquele momento. Queria mais do Brandon. Desejava mais da sua boca.


Ele me beijou novamente. As suas mãos apertaram os meus seios quase à mostra sob o tecido fino antes de entrarem por debaixo da camiseta. Imaginei como a visão deles poderia ter atiçando-o. As pontas dos seus dedos esfregavam-se nos meus mamilos os deixando mais duros e sensíveis. As minhas pernas laçaram a sua cintura. A outra mão dele acertou uma tapa na minha coxa, antes de agarrá-la com força.


Brandon levantou a camiseta expondo os meus seios e os abocanhou. Sugou e mamou fazendo-me gemer agarrada aos seus cabelos. Os dedos tocaram a minha boceta ainda coberta pelo jeans. Os seus lábios desceram pela minha barriga até chegar entre as minhas pernas. Ele se desfez do meu short e da calcinha.


— Maravilhosa. — Cheirou a minha intimidade afundando a ponta do nariz na minha entrada. — Toda molhadinha para mim.


Suspirei nervosa e ainda mais excitada.


— Por favor, me chupe — implorei.


Sorrindo, ele fez o que pedi. Sugou o meu clitóris levando-me à loucura. Gozei. No entanto, jamais seria o bastante para eu recobrar o juízo e parar imediatamente com aquilo. Eu ainda queria mais dele. Brandon agarrou a minha mão e a levou até o seu pau.


— Pegue. Aperte e sinta o quanto está duro para você.


— Deus — sussurrei, apertando-o.


Desabotoei a sua calça e puxei-a para baixo junto da cueca. A sua ereção pulou para fora. Era tão mais bela do que a do meu namorado. Era grande e rosado. Estava molhado e a sua ponta pulsava louca por alívio.


— Como quer começar, querida?


A pergunta, o chamado carinhoso e o seu tom de voz provocante me fez sorrir.


— Quero ficar de quatro. Quero que me foda bem forte me agarrando pelos cabelos até que eu goze outra vez! — Senti-me completamente poderosa em poder dar as ordens. Quase sempre era James quem mandava e coordenava tudo. Pouco se interessava de como eu queria ser fodida.

— O seu desejo é uma ordem.


Ele tirou a sua roupa e depois arrancou a minha camiseta. Fiquei de quatro sobre o sofá. Primeiro, ele me penetrou com a sua língua. Gemi manhosa. Depois, ele juntou os meus cabelos em uma das suas mãos antes de agarrar o meu quadril com a outra. O seu pênis entrou em mim, vagarosamente. Ele gemou, rouco. Agarrei o braço do sofá cravando as unhas ali.


Sem pressa, ele me fodeu indo rápido e outra ora devagar, torturando-me. Lentamente, senti eu alcançar o orgasmo.


— Brandon! Me foda mais rápido.


Escutei a sua risada de pura satisfação, êxtase. Em segundos ele me fodia rápido puxando a minha cabeça para trás. Gozei gemendo alto, quase em gritos. Eu estava adorando tudo aquilo. Sentia-me tão feliz e desejada, e isso me fazia querer mais. As suas mãos acertaram as minhas nádegas com força, causando ardência. Ele parou de repente e se afastou.


— Preciso parar. Não quero gozar agora.


Olhei-o por cima do ombro.


Nu, ele se deitou no chão entre a mesa de centro e o sofá.


— Sente em mim, querida.


Sem demorada, rastejei até ele e sentei no seu membro, olho no olho. Foi satisfatório. Parecia que tudo não passava de um delicioso delírio.


— Já faz tanto tempo que quero provar essa boceta.


— Você me enche de tesão.


Comecei a cavalgar nele. As suas mãos agarraram a minha cintura, ajudando-me a ir mais rápido. O prazer enchia o ambiente. Os nossos gemidos e outros barulhos talvez estivessem sendo ouvidos no corredor do andar, mas, honestamente, eu não estava me importando nem um pouco. James talvez chegasse logo. No entanto, estava evitando pensar nele. O presente momento era o que importava.


A sua mão direita se fechou em volta do meu pescoço. As minhas unhas cravaram no seu peito. Não demorou muito para nós dois gozarmos. Foi gostoso, intenso e carregado de desejo.


— Como você é gostosa! — gemeu ele enquanto o seu pau pulsava dentro de mim, se derramando inteiro.


— Vamos para o quarto — pedi.


Ele assentiu e, depois de alguns minutos, fomos para o quarto dele. Brandon me jogou na cama. Arrancou a fronha de um dos travesseiros e amarrou as minhas mãos pedindo que eu as mantivesse sobre a cabeça.


— Feche os olhos e apenas relaxe, baby. Vou te fazer chegar ao céu.


Ele era sempre tão provocador. Beijou a minha boca com gula. Quando se afastou, permaneci de olhos fechados. Apenas senti a sua boca úmida passeando por minha pele, beijando todo o meu corpo e o marcando com leves mordidas e chupões.


Brandon chupou novamente a minha intimidade. Gostava que ele não se deixava perder o prazer por nojo, já que ali estava melado com a sua porra. Ele fez mais uma vez o meu corpo estremecer. As minhas costas arqueiam-se sobre o colchão macio enquanto eu gemia chamando o seu nome.


A sua boca se afastou da minha boceta, mas ainda sentia a sua presença entre as minhas pernas. E então, senti o colchão de afundar ao meu lado enquanto os meus seios começaram a ser apalpados. Demorei para compreender o que estava havendo. Achei que seria Brandon, mas suas mãos estavam nas minhas coxas, então... quem estava ao meu lado? A resposta veio imediatamente quando suspirei fundo e senti o perfume no ar. Abri os meus olhos devagar, com medo. Fiquei em choque ao ver James deitado ali. Ele sorriu e acariciou o meu rosto. O sorriso safado que marcava a sua boca era idêntico ao do seu amigo. O prazer estava se esvaindo de mim. O meu corpo, antes tão relaxado, agora ficava cheio de tensão. A mente, antes embebida de prazer, se perguntava atordoada o porquê ele não estava gritando comigo ou com o Brandon.


— Fique tranquila, meu amor. Se entregue ao prazer extremo — disse antes de beijar a minha boca. — Relaxe — sussurrou nos meus lábios e tornou a me beijar.


Segundos depois fechei os olhos. James me beijou cheio de tesão como nunca havia feito. A suas mãos percorriam o meu corpo, apertando os meus seios e massageando o meu clitóris, enquanto Brandon começava novamente a me penetrar. Entrando e saindo, bem devagar.


Ele se afastou de mim e tirou toda a sua roupa. Então, aproximou-se masturbando. Não entendia muito bem o que acontecia ali, mas eu estava completamente excitada por estar com os dois homens por quem sinto desejos sexuais.


Puxei a minha mão direita de dentro do nó feito com a fronha e a estiquei tocando-o entre as pernas do James. Com cuidado, comecei a massagear suas bolas cheias e pesadas. Ele gemeu relaxando os ombros e jogando a cabeça para trás.


— Fique de quatro, querida — pediu Brandon.


Assim fiz, sem questionar. James ocupou o lugar dele e me penetrou com estocadas fundas e rápidas, me segurando pelo quadril.


— James — chamei-o em um gemido.


Brandon deu a volta na cama e se deitou à minha frente com as pernas abertas.


— Chupe. Quero essa boquinha linda adornando o meu pau.


Entre grunhidos de prazer, abocanhei o seu membro e chupei-o. Era deliciosa a sensação da sua carne lisa e quente entrando e saindo na minha boca. O quarto foi preenchido pelos sons do nosso prazer. Brandon agarrou os meus cabelos e os puxou forte. Ele firmou a minha cabeça com certa distância da sua pelve e fez movimentos com o quadril indo para cima e para baixo, fodendo os meus lábios. Aquilo chegou me dar um pouco de ânsia, mas não o impedi. Queria sentir tudo o que era ofertado para mim entre aqueles dois homens. Era a primeira vez que eu vivia isso e estava amando cada segundo.


Não demorou muito e Brandon gozou novamente, enchendo a minha boca. Ela urrou alto de prazer, quase como um animal. Mandou que eu engolisse o seu sêmen. James deu tapas na minha bunda antes de aumentar a força com que me penetrava. O atrito de pele contra pele causava um barulho sedutor para mim.


— Goze, querida — pediu Brandon.


Ele apoiou o seu tronco nos cotovelos e ficou assistindo à cena com uma feição de pura luxúria.


— Goze no pau do seu namorado, como gozou no meu.


Em um estalar de dedos gozei perdendo as forças nas pernas.


— Você deu o seu cuzinho para ele, amor? — perguntou James.


Brandon sorriu para ele enquanto massageava as próprias bolas.


— Responda. — Bateu na minha bunda.


Olhei-o sobre o meu ombro.


— Não — disse com a voz baixa.


A carne das minhas coxas estavam trêmulas. Eu nunca estive tão molhada como naquele dia. Era gostosa a sensação de sentir o membro do meu namorado entrar e sair deslizando com tamanha facilidade e agilidade. Ainda mais gostoso era estar sendo o centro da atenção e do prazer de dois homens. Um que eu amava tanto e o outro por quem tinha uma imensa fome carnal.


— Quero entrar na sua bundinha. Quero mais do que isso. Quero ver você aguentar nós dois ao mesmo tempo.


Os dois? Ao mesmo tempo? Penetração dupla?


O entusiasmo e o espanto me preencheu ao mesmo tempo.


— Me fodam. — Sorri.


Olhei para James e depois para Brandon. Eles se entreolharam e sorriram um para o outro. James se curvou para frente e alisou as minhas costas antes de beijar a minha pele quente pelo tesão.


— Sou sua — sussurrei para ele.


— Correção, querida — falou Brandon ao se aproximar. — Você é nossa! — Beijou os meus lábios.


James se deitou ao meu lado e me puxou para os seus braços. Naquele momento me olhou cheio de amor como me olhava todas as manhãs antes de sair para o trabalho.


— E nós dois somos seus — ele disse.


Brandon se deitou atrás de mim, acariciando as minhas curvas, e distribuindo beijos por meu ombro e pescoço.


— A partir de hoje dividimos o prazer — disse James.


Ambos começaram a me beijar. Deitei de costas para a cama e aproveitei o momento. Deixei-me ser venerada pelos dois. Eles me beijaram, chuparam, disseram palavras e frases completamente baixas e excitantes. Fizeram-me gozar como nunca. Deram-me todo o prazer que pedi e mereci. Então, transamos juntos. Não havia pudor, nem vergonha. Apenas vivemos o prazer latente.


Aquela noite foi apenas o começo de um segredo para três pessoas. Foi o bilhete para uma aventura com grandes descobertas sexuais para mim. Depois que amanheceu, as nossas vidas nunca mais foram as mesmas. Nunca mais foi apenas eu e James. Os amigos já tinham uma velha história de dividir mulheres, mas nunca se tocaram. Apenas eu era quem teria o prazer de muitas mãos ao mesmo tempo, sobre o meu corpo.


Amadurecemos a ideia de vivermos uma vida a três. Mudamos daquele prédio e compramos uma casa grande que tivesse espaço para todos nós. Agora essas paredes são testemunhas de muitas cenas eróticas protagonizadas não apenas com James e Brandon. Bom, mas isso é história para outro dia.


Conto por Larissa Braz


***


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Editora Larissa Braz


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Beijos.


Com amor,

Larissa Braz.

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